Na sexta-feira passada vi a Cristiane Pelajo chamar uma reportagem no Jornal da Globo, era sobre o Simonal, o grande Simona! A reportagem falava sobre o documentário a respeito dele: “Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei” com estréia para esse mês. Não acreditava no que eu estava vendo, poucas imagens tenho dele, poucos vídeos, e como um presente uma reportagem sobre um filme que conta sua carreira e seu principal problema, que o levou ao ostracismo e a perder tudo que ganhara nos anos em que disputava com Roberto Carlos a popularidade da MPB. Maravilhoso, crioulo cheio de estilo e de marra, com uma voz cheia de encanto, garoto propaganda, cantor internacional, e como diz o Claudio Manuel, um dos diretores do longa, era rico e ainda “comia” as filhas dos branquelos, "ele inaugurou muita coisa no Brasil, inclusive o showbiz. Foi o primeiro negro sex symbol, namorado de loiras, um rapper de vanguarda". A fama e a popularidade incomodavam muita gente, a ingenuidade lhe fez sua maior traição, lamento não ter visto um show desse cara, lamento também ele não ter visto a desculpa que lhe deram por não terem provas da sua participação como informante na ditadura militar. “E por causa de um evento nebuloso, caiu no completo ostracismo. No fim da vida, não ia mais a certos lugares para não ver as pessoas indo embora quando chegava”. Espero por esse documentário, tenho a certeza que irei me emocionar pela história e principalmente pelo Simonal.
